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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Medos Infantis

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Medos infantis: como lidar?
Especialistas ensinam como ajudar seu filho a superar os temores mais comuns da infância

Medos infantis: compreensão, respeito e apoio ajudam as crianças a superá-los

A cena é clássica: ao colocar seu filho na cama, ele declara que não pode dormir ali, porque tem um monstro no armário. O que você faz? Mostra para ele que não tem uma criatura no guarda-roupa, ri e diz que ele já está muito grandinho para acreditar nestas coisas ou imediatamente deixa a criança se acomodar no seu quarto?
A segunda e a terceira opções estão fora de cogitação. Para lidar com os medos infantis, é preciso oferecer segurança à criança e respeitar o temor que ela manifesta. "Subestimar os medos é proibido. E desmoralizar a criança só piora", explica o psicólogo Bruno Sini Scarpato, de São Paulo, especialista em atendimento infantil.
É natural e esperado que as crianças sintam medo. Ele é um alerta de que algo ameaçador pode acontecer e evita que o ser humano corra riscos desnecessários. A ausência dele, em certas idades, é até preocupante: se uma criança não desenvolve o medo instintivo de altura, por exemplo, pode engatinhar até a beira da cama ou do sofá e cair.
A psicóloga Adela Stoppel de Gueller, coordenadora do setor de Clínica e Pesquisa do Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientae, explica que entre os 3 e os 5 anos elas estão na fase natural dos temores. O medo de trovão, do escuro, de monstros ou de dormir sozinho são naturais e devem passar conforme a criança cresce e amadurece emocionalmente. Mas o papel dos pais é fundamental para facilitar este processo - ou para transformá-lo em um trauma difícil de superar.

As fases da criança e os medos mais comuns
Os temores de cada criança variam e podem estar associados a experiências particulares. Uma criança que cai da bicicleta e é levada para o hospital pode desenvolver medo de hospital, de bicicletas ou até de um objeto menor associado ao trauma - jalecos ou estetoscópios, por exemplo. Mas existem alguns medos comuns a cada faixa etária. Conheça-os abaixo.

- 0 aos 6 meses

As reações de medo são relacionadas a ruídos fortes ou perda de segurança.

- 7 aos 12 meses

A criança pode começar a estranhar pessoas. Também surge o medo de altura.

- 1 ano

Aparece o medo da separação, manifestado quando ela se distancia dos pais. Também pode aparecer o medo de se machucar.

- 2 anos

A criança teme ruídos fortes, como o de aspirador de pó, ambulância, trovão; continua o medo da separação dos pais; ela estranha crianças e situações desconhecidas, como ter de entrar numa sala escura (como um cinema ou teatro).

- 3 anos

Surge o medo do escuro; continua o medo separação dos pais; ela se assusta com máscaras ou rostos cobertos (palhaço, pessoas fantasiadas).

- 4 anos

A criança pode desenvolver medo de animais e de ruídos noturnos.

- 5 anos

Surgem os medos de "pessoas más" (ladrão, Homem do Saco).

- 6 anos

A fase é dos medos fantásticos: fantasma, bruxa, Bicho Papão. Também costumam aparecer o medo de dormir sozinho e da morte.

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